quinta-feira, 16 de julho de 2009

Nós, as mulheres


Não me é fácil falar em desejo, em atracção, em vontade de me sentir mulher. Não me é fácil falar em prazer e em vontade de o sentir.
Mas sim, estou viva e sinto desejo, atracção, vontade de sexo.
Mas a verdade é que na minha fragilidade feminina, sou uma incontornável romântica. Não somos todas?
E antes mesmo de pensar em sexo eu penso em sedução, enamoramento, algo que de alguma forma ou de outra me faça estremecer, querer estar perto e sentir; emoção, deslumbramento, algo que não só se traduza num prazer físico, mas que me faça atingir um prazer espiritual.
Acho que é isto que nos diferencia dos homens. Esta nossa doentia perseguição do romance, de dar sentido ao momento, de ver a lua a brilhar em conjunto.

O meu casamento um dia acabará quando não existir este enamoramento constante, este flirtar entre um e outro, esta vontade de seduzir um e outro, mesmo já sendo marido e mulher. Porque para a chama se manter acesa temos de continuar a romancear. A surpreender-nos um ao outro, a não deixar apagar o encantamento.
A vida não é só sexo, sexo é muito bom, mas a vida tem de ter romance.

E às vezes os homens não percebem que nós andamos SEMPRE à procura de romance, ….