segunda-feira, 29 de junho de 2009

Os meus dias


Provoco-te.
Acordo com a manhã ainda à espreita e faço com que o dia seja uma provocação.
Sucedem-se as palavras, as vontades, os acontecimentos.
Sucedem-se olhares e poemas sem nexo numa forma mansa de monotonia.

Mas eu não quero.
Gosto da vida com provocação, poema forte que faça doer, palavras densas que não me deixem esmurecer. Desassossego.

Hoje estou assim, exaltada, aguerrida, em forma de provocação.
E se o tempo desliza calmo, eu quero agitação. Se os dias se sucedem fáceis, eu quero improvisação.

Provoco-te. A ti, aos meus dias, mas acima de tudo quem eu pretendo provocar é mesmo a mim.